Mapeamento de Perfil por Competências identifica o potencial dos profissionais com base em dados comportamentais científicos
Claudio D’Amico*
Ferramentas
como Mapeamento de Perfil por Competências vieram para ficar e estão
acessíveis a todos que estiverem interessados em tornar mais assertivas
as promoções e as contratações. A utilidade destas avaliações
realizadas para identificar o potencial de liderança do profissional,
com base em dados comportamentais científicos, é enorme. Afinal, o
Mapeamento de Perfil por Competências favorece os processos de escolha
ao complementar a percepção dos profissionais mais experientes e
fornecer informações aos gestores que precisam se basear em parâmetros
técnicos.
As
companhias que ainda não aplicam este mapeamento estão sujeitas a uma
série de situações potencialmente danosas. Tentarei resumi-las a seguir:
1. Contratar
ou relocar profissionais sem perfil adequado às exigências da vaga –
Erro que pode gerar baixo rendimento ou insatisfação do candidato por
não ter as competências específicas que a vaga exige. Pessoas certas nas
funções certas têm melhor produtividade.
2.
Promover um excelente técnico a cargos de gestão – Nesta situação
corre-se o risco de perder tanto o gestor como o excelente técnico. É
preciso lembrar que cargos de gestão exigem competências relacionadas a
gestão de pessoas, administração de conflitos, delegação, gestão de
mudanças, visão estratégica, dentre outras habilidades raramente
utilizadas em cargos técnicos. Profissionais com cargos técnicos
específicos podem ter uma excelente performance mas não se adaptar às
funções de liderança. O Mapeamento de Perfil por Competências oportuniza
que esta análise seja feita antes do processo de promoção.
3.
Não perceber uma característica relevante no candidato – Esta
ferramenta mostra dados de personalidade que talvez, somente o mais
experiente dos entrevistadores conseguiria observar.
4.
Gerar custos elevados devido às recontratações desnecessárias - Por não
ter feito uma escolha adequada, a empresa aumenta o turnover e
prejudica os resultados.
5.
Desconhecer o potencial dos colaboradores - A identificação dos
diferentes perfis e do potencial de cada indivíduo é essencial para que o
colaborador alcance padrões de desempenho que correspondam às
necessidades da empresa.
6.
Baixa assertividade das características comportamentais a serem
desenvolvidas – Com a escassez de profissionais qualificados,
desenvolver pessoas é uma condição indispensável para as organizações. O
Mapeamento de Perfil por Competências identifica as capacidades que
devem ser desenvolvidas no profissional com maior assertividade para a
evolução de sua carreira.
7. Falta
de critério nos processos de seleção e promoção – Situações de
protecionismo em função de relações de amizade, parentesco ou
afinidades, podem diminuir as exigências de alguns em detrimento de
outros, trazer insatisfações salariais gerando uma sensação de injustiça
ou favorecimento.
O Mapeamento de Perfil por Competências
consegue mapear a área de maior potencial do profissional, como ele
reage nas situações de tensão e pressão, como aproveita ou desperdiça
seu tempo, qual é sua motivação para o trabalho e, principalmente, quais
são as suas competências mais e menos desenvolvidas, que mereceriam
maior atenção para o seu aperfeiçoamento profissional. A motivação e a
predisposição para a aprendizagem certamente facilitam o processo de
desenvolvimento deste profissional.
Percebo que as empresas nunca
estiveram tão atentas para a Gestão das Pessoas como nestes últimos
anos. O diferencial deste mapeamento é a comprovação científica dos
resultados e a plena adaptação à realidade brasileira. Além disto, a
flexibilidade que esta ferramenta proporciona oferece a possibilidade de
usar as próprias competências da organização, se esta seguir um modelo
de gestão por competências, e também, utilizá-la em inúmeras situações,
como coaching, seleções, contratações, promoções, avaliações individuais
ou de equipes.
É uma necessidade inadiável promover
profissionais bem preparados para as novas funções, ou seja,
emocionalmente estáveis, resilientes, competentes, especialistas e ainda
com visão estratégica. Diminuir as margens de erro tem sido o grande
desafio das organizações.
Revista Amanhã
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